Flash Financeiro por LMF - n°39
Sejam bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Hoje falaremos sobre risco fiscal, tensões comerciais e o cenário político no radar dos mercados. E não perca as estreias do Momento Suno e Caso de Mercado
Índice
Principais notícias da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado - O Colapso do Barings Bank
Cotações da semana
Risco fiscal pesa mais para ações brasileiras do que tarifas, diz Bradesco BBI
Brasil
Apesar da retórica protecionista nos Estados Unidos, o Bradesco BBI avalia que o desempenho das ações na América Latina em 2025 será guiado principalmente por fatores locais. Segundo Ben Laidler, estrategista-chefe do banco, eleições, política fiscal e os rumos dos bancos centrais da região pesam mais que as tensões comerciais externas. A força já se reflete nos números: o índice MSCI LatAm sobe 16% no ano, enquanto o S&P 500 recua 7,5%.
Latam no radar: risco local e boas apostas
Risco local é o principal driver:
“O fato de você ganhar ou perder dinheiro na América Latina neste ano depende basicamente do que acontecer na América Latina.”Eleições e juros impulsionam o Brasil:
As eleições municipais de 2026 e o início do ciclo de cortes pelo Banco Central devem beneficiar estatais e o setor financeiro.Argentina é destaque da carteira:
Após reformas econômicas e um novo acordo com o FMI, o país se tornou a principal aposta da instituição para a região.Valuation atrativo:
Moedas desvalorizadas e ações com desconto criam um cenário favorável para investidores fora dos EUA.Tarifas têm impacto limitado:
Mesmo com a retórica protecionista em alta, o desempenho da bolsa latino-americana segue positivo e resiliente.O recado é direto: o que movimenta o mercado regional em 2025 não são as manchetes vindas dos EUA, mas os próprios fundamentos e decisões políticas da América Latina.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
China nega negociações com EUA e exige fim das tarifas unilaterais
China
O governo chinês desmentiu rumores de progresso nas negociações comerciais com os Estados Unidos e adotou tom firme ao cobrar o fim das tarifas unilaterais impostas por Washington. A declaração ocorre após Donald Trump sinalizar disposição para rever as taxas atuais, que ultrapassam 100% em alguns setores. Para Pequim, qualquer conversa futura depende de um gesto concreto dos americanos — especialmente a remoção das sanções e o respeito à soberania chinesa.
Nada fechado: China endurece o tom
Nada foi acordado:
China afirma que “quaisquer relatos sobre avanço das negociações são infundados” e cobra mais “sinceridade” dos EUA.Condições para retomar o diálogo:
Pequim exige respeito diplomático, nomeação de interlocutores e revisão de medidas envolvendo sanções e Taiwan.Reação comedida e foco em estímulos internos:
Apesar da tensão, a China evita medidas duras por ora e pode reforçar estímulos após reunião do Politburo nesta semana.PBOC adverte para riscos globais:
O presidente do Banco Popular da China alertou para a ameaça de uma economia mundial marcada por “alta fricção e baixa confiança”.A postura firme da China mostra que, apesar da retórica mais branda dos EUA, o caminho para qualquer reconciliação comercial será longo e cheio de exigências — com o livre comércio como pano de fundo do impasse.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
Tesla derrapa e Musk pisa no freio na atividade política
Estados Unidos
A Tesla começou 2025 com o pé no freio: o lucro despencou 71%, e Elon Musk anunciou que vai se afastar parcialmente do cargo que ocupa no governo Trump. Pressão de investidores cresce e a ligação cada vez mais visível entre o bilionário e a política americana começa a cobrar um preço — tanto na imagem quanto no faturamento da montadora.
O pior resultado em anos
O lucro caiu de US$ 1,4 bilhão para US$ 409 milhões, com receita abaixo do esperado e uma queda de 13% nas entregas — o pior desempenho trimestral desde 2022. Enquanto isso, Musk se vê no centro de protestos e boicotes por seu envolvimento no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado por Trump. A rejeição cresceu especialmente na Califórnia, um mercado-chave para a Tesla.
Concorrência avança, e a China pesa
A guerra comercial com a China travou importações e forçou a suspensão de alguns modelos. No vácuo, marcas como BYD e Nio ganharam espaço com preços agressivos e tecnologia de ponta.
Futuro incerto, mas ainda promissor
Musk aposta em táxis-robôs e num modelo mais barato, mas a empresa não divulgou metas de vendas ou lucros para 2025. O mercado já deu o recado: menos palco político, mais direção.
Confira na Íntegra: BBCNewsBrasil
Haddad afasta risco de recessão e vê oportunidades na guerra comercial
Brasil
Durante o evento CNN Talks – Especial CNN Money: Pulso Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não vê risco de recessão no Brasil, apesar do agravamento da guerra tarifária entre China e Estados Unidos. Segundo ele, o cenário pode até abrir portas para o Brasil ampliar exportações e reforçar laços comerciais com os dois gigantes.
Destaques da fala de Haddad
Sem pânico, mas com cautela
“Não vejo risco de recessão no Brasil”, afirmou.
Ressaltou que as tensões desorganizam cadeias produtivas globais e precisam ser monitoradas.
Acredita que as tarifas não devem se manter por muito tempo.
Oportunidade no caos
Brasil pode ganhar espaço nas exportações enquanto China e EUA se enfrentam.
Governo quer manter relação equilibrada com ambos os países.
Lula reforçou: “Não quero escolher entre China e EUA. Quero comprar e vender com os dois”.
No tabuleiro global, o Brasil joga como um articulador pragmático. Para Haddad, a turbulência entre as superpotências pode virar trampolim — desde que o país saiba aproveitar o vácuo criado pelas tensões comerciais. O recado é claro: estabilidade interna e diplomacia comercial são as cartas que o Brasil pretende usar para se proteger e crescer.
Confira na Íntegra: CNNBrasil
Momento Suno!
Temos o prazer de anunciar que a Suno Research é a nova patrocinadora oficial da Liga de Mercado Financeiro. A presença da Suno nas próximas edições da nossa newsletter será constante — trazendo análises exclusivas, conteúdos de qualidade e insights de mercado direto dos seus analistas renomados.
Prepare-se para acompanhar, edição após edição, o “Momento Suno”: um espaço dedicado a conectar a comunidade estudantil com quem realmente entende!
Na edição de hoje vamos explorar um pouco as áreas da Suno e sua oferta de valor para o sistema financeiro.
Um Ecossistema Completo no Mercado Financeiro
A Suno tem se consolidado como um dos principais ecossistemas do mercado financeiro no Brasil, reunindo três frentes estratégicas que trabalham de forma integrada para atender investidores em todas as etapas de sua jornada: a Suno Asset, a Suno Research e a Suno Advisory. A Suno Asset vem ganhando destaque na gestão de fundos e carteiras, com uma filosofia de investimento pautada em fundamentos sólidos e visão de longo prazo. Já a Suno Research é referência nacional em análises e recomendações de investimentos, com conteúdos que democratizam o acesso à educação financeira de qualidade. Por fim, a Suno Advisory oferece soluções personalizadas para clientes de alta renda e institucionais, garantindo estratégias sob medida para cada perfil de investidor.
Mais do que um grupo financeiro, a Suno é movida por uma cultura de donos. Seu modelo de partnership permite que colaboradores de diferentes áreas sejam convidados a se tornarem sócios, participando diretamente do crescimento da empresa e influenciando os rumos do negócio. Esse modelo fortalece o engajamento interno, valoriza o mérito e reforça o espírito empreendedor que é marca registrada da companhia.
Com sede em São Paulo e presença digital em todo o Brasil, a Suno segue expandindo sua atuação e atraindo profissionais que queiram construir uma carreira sólida em um ambiente dinâmico, colaborativo e com alto impacto no mercado.
A Suno também oferece a plataforma Suno Black, com acesso a todas as carteiras recomendadas, relatórios, cursos exclusivos e consultorias personalizadas. Com ela, investidores têm à disposição uma estratégia 360º para potencializar seus investimentos, contando com o suporte de um time de especialistas e uma plataforma intuitiva para acompanhar e gerenciar seus ativos.
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Caso de Mercado
O Colapso do Barings Bank!
Como um único funcionário quebrou o banco mais antigo da Inglaterra — e mostrou que às vezes o maior risco é quem está atrás do teclado.

Em 1995, um jovem britânico chamado Nick Leeson fez o impensável: quebrou o Barings Bank, o banco mais antigo da Inglaterra — tudo isso operando quase sozinho de um escritório em Cingapura.
No início, suas apostas arriscadas geraram £10 milhões em ganhos, equivalentes a 10% do lucro anual do banco. Jovem, ambicioso e com fama de prodígio nos mercados asiáticos, Leeson logo virou estrela. Mas os lucros eram fachada: os prejuízos iam sempre para a conta 88888, criada teoricamente para corrigir erros operacionais — mas usada por ele como esconderijo contábil. Assim, fingia que tudo estava sob controle, enquanto as perdas se acumulavam longe dos olhos da matriz.
A cada tropeço, ele dobrava a aposta. Era como jogar roleta russa com o dinheiro do banco, acreditando que a sorte não acabaria. Na sua cartada final, apostou que o mercado japonês ficaria estável após o Ano Novo. Não ficou. Um terremoto em Kobe derrubou os mercados e implodiu suas posições, gerando US$ 1,4 bilhão em perdas — o suficiente para destruir o banco, vendido simbolicamente por £1ao banco ING. Leeson fugiu, foi preso e virou até personagem de filme.
Hoje, o caso serve de alerta: com vaidade demais e vigilância de menos, não é preciso uma crise global para um colapso. Às vezes, basta um homem só.
Cotações da Semana!
Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem a variação semana