Flash Financeiro por LMF - n°41
Sejam bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Mercados digerem balanços, política monetária e novos movimentos geopolíticos. É hora de entender o que está acontecendo!
Índice
Principais notícias da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado - A Quebra de Isaac Newton
Cotações da semana!
Super Quarta: Sem sinais claros, Fed e BC mantêm mercado em alerta
Economia
A tão esperada “Super Quarta” passou, mas não entregou o que o mercado esperava. O Federal Reserve manteve os juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75% ao ano. Embora essas decisões já estivessem precificadas, nenhuma das autoridades monetárias sinalizou com clareza os próximos passos — e isso adicionou mais um grau de incerteza aos mercados.
Com isso, analistas apontam que os investidores devem continuar cautelosos, o que pressiona ativos de risco e o câmbio, em meio à ausência de sinalizações sobre o fim do ciclo de alta de juros.
Correção técnica em andamento: Ibovespa perde fôlego
No gráfico diário, o Ibovespa ainda sustenta uma tendência de alta iniciada após a mínima do ano, mas perdeu fôlego após alcançar sua máxima recente - 136.149 pontos. Desde então, entrou em um movimento de correção no curtíssimo prazo. Caso perca o último nível de suporte, pode haver espaço para uma queda mais prolongada, com o índice testando faixas mais baixas próximas às médias móveis ou até mesmo revisitando a mínima do ano.
Para retomar o movimento positivo, o índice precisaria romper a máxima anterior e superar uma importante resistência técnica. Isso abriria espaço para novas altas e até mesmo para testar níveis próximos aos 140 mil pontos, em um cenário mais otimista.
Com os bancos centrais evitando sinalizações claras, o Ibovespa permanece sem direção definida — preso entre uma correção saudável e a incerteza sobre o que vem a seguir.
Confira na Íntegra: InfoMoney
Trump sela acordo comercial com Reino Unido e promete nova rodada de negociações globais
Tarifas
Donald Trump anunciou nesta quinta-feira (08) um acordo comercial “abrangente” com o Reino Unido — o primeiro desde a adoção das chamadas tarifas recíprocas pelos EUA. O pacto marca um movimento estratégico em meio à crescente pressão interna e à busca por reduzir as barreiras comerciais às exportações americanas.
O que você precisa saber:
Acordo selado – Trump celebrou um pacto “completo e abrangente” com o Reino Unido, fortalecendo laços históricos e destacando o país como o primeiro parceiro comercial dessa nova fase.
Tarifas como estratégia – O acordo vem na esteira da imposição de tarifas mais agressivas pelos EUA, usadas como ferramenta para forçar novos termos comerciais.
Impacto imediato nos mercados – A expectativa positiva impulsionou ações britânicas e valorizou a libra esterlina.
Pressão política interna – Trump busca resposta à crítica crescente sobre sua política econômica, marcada por inflação e distorções comerciais.
Mais à frente – O presidente dos EUA promete que outros acordos estão "em estágios avançados" de negociação. Expectativa de novos movimentos no mercado global.
Visão do Mercado:
Este acordo pode representar uma virada na narrativa protecionista americana e gerar um novo ciclo de realinhamento comercial global. Os próximos dias serão cruciais para medir a tração política e econômica desse movimento.
Confira na Íntegra: BloomberLínea
Apple acelera mudança para Índia e mira independência da China na produção de iPhones
Tecnologia
Em resposta às tensões comerciais com a China e às tarifas mais altas impostas pelos EUA, a Apple está acelerando sua estratégia de diversificação e pretende transferir grande parte da produção de iPhones para a Índia. A meta da empresa é ambiciosa: fazer com que a maioria dos iPhones vendidos nos Estados Unidos seja fabricada em solo indiano até o fim de 2026.
Nova rota de produção
A Apple pretende dobrar sua capacidade produtiva na Índia, passando a fabricar mais de 80 milhões de unidades por ano. O país já responde por cerca de 20% da produção global da companhia e, só no último ano, foram montados mais de US$ 22 bilhões em iPhones por lá. Parcerias com Foxconn, Tata e Pegatron estão fortalecendo a cadeia industrial local, especialmente no sul do país, onde se concentram as exportações e as linhas de montagem.
Tarifas e vantagem competitiva
A movimentação ganha força após a decisão dos EUA de isentar os smartphones indianos das novas tarifas “recíprocas”, que penalizam produtos chineses com até 145% de carga tarifária. A medida dá vantagem competitiva à produção indiana e pressiona outras gigantes da tecnologia a seguirem o mesmo caminho. Além disso, a Apple aproveita os subsídios do governo indiano, reduz sua exposição geopolítica e constrói uma base produtiva mais resiliente para os próximos anos.
Fique atento a:
Impacto nas ações de Apple, Tata Group e Foxconn
Resposta da China a possíveis perdas de volume produtivo
Movimentos de outras big techs (como Microsoft e Google) na mesma direção
Apple vai dobrar sua produção de iPhones na Índia para fugir da dependência da China e se proteger das tarifas americanas. Já exporta bilhões por ano e quer que a Índia seja seu novo hub global.
Confira na Íntegra: BloombergLínea
Bradesco (BBDC4) surpreende com lucro bilionário e ação salta 15%: já é hora de virar a página?
Brasil
O Bradesco surpreendeu o mercado ao reportar um lucro de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — alta de 40% em relação ao ano anterior. O resultado causou euforia nos mercados, com as ações saltando até 17% no intraday e fechando o dia com alta de 15,64%. Mas a pergunta que fica é: o pior já passou?
Destaques do trimestre:
Resultado acima do esperado: O crescimento veio impulsionado por aumento na carteira de crédito (+13%) e na receita (+10%), além de menores despesas com provisões.
Qualidade dos ativos ainda sob controle: A inadimplência se manteve estável em 4,1% e o índice de cobertura recuou, sinalizando leve alívio.
Retorno e eficiência melhorando: O ROE subiu para 14%, se aproximando do custo de capital, enquanto os analistas reconhecem avanços na reestruturação interna.
Cautela segue no radar: Apesar do desempenho positivo, casas como BTG e Citi mantêm visão neutra, indicando que é cedo para decretar virada definitiva.
Visão do Mercado:
Este trimestre marca um ponto de inflexão. O Bradesco pode estar finalmente colhendo os frutos de sua reestruturação. Ainda assim, a estrada é longa e o setor bancário permanece sob pressão estrutural — o desafio é transformar um bom trimestre em uma tendência duradoura.
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Momento Suno!
O Suno Energias Limpas (SNEL11) concluiu recentemente a sua 3ª Oferta Pública, arrecadando R$ 166 milhões. Este fundo imobiliário se destaca como o primeiro do país voltado para o setor de energia renovável, acumulando atualmente mais de R$ 320 milhões em ativos e com um portfólio de 30 mil investidores. A proposta do SNEL11 é inovadora, buscando combinar um alto retorno financeiro aos cotistas com o compromisso de impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia brasileira.
A captação bem-sucedida desta 3ª oferta reflete o crescente interesse no setor de energias limpas, que tem se mostrado essencial para a transformação do mercado energético e a redução do impacto ambiental. A energia renovável desempenha um papel crucial na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, além de contribuir para a segurança energética e a criação de novos postos de trabalho. O SNEL11 tem sido uma plataforma eficaz para conectar investidores a esses projetos sustentáveis, proporcionando rentabilidade e, ao mesmo tempo, impulsionando a agenda ambiental.
O mercado de capitais desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil, funcionando como um motor para a geração de renda e a promoção de investimentos com impacto positivo. O sucesso do SNEL11 demonstra que é possível alinhar a busca por rentabilidade com a responsabilidade ambiental, oferecendo aos investidores uma oportunidade única de fazer parte de um futuro mais sustentável.
Com o apoio de milhares de investidores, o fundo continua a crescer, sinalizando que o interesse por soluções financeiras responsáveis e sustentáveis está em expansão. A missão do SNEL11 é, portanto, promover não apenas a rentabilidade, mas também o progresso econômico e ambiental do país.
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Caso de Mercado
A Quebra de Isaac Newton
Como o maior gênio da ciência caiu em uma bolha financeira — e perdeu uma fortuna tentando acompanhar a ganância dos outros.
Em 1720, Isaac Newton, já consagrado como um dos maiores gênios da história, foi tragado por uma euforia que tomou conta da Inglaterra: a ascensão meteórica das ações da South Sea Company. Prometendo riquezas com o comércio ultramarino, a empresa virou febre entre investidores, mesmo sem fundamentos claros.
Inicialmente prudente, Newton comprou, lucrou e saiu. Mas ao ver conhecidos multiplicando fortunas, decidiu voltar — agora, com uma aposta muito maior. Foi aí que tudo desabou. Sem lucros reais e inflada por promessas vazias, a bolha não resistiu à realidade: os investidores começaram a duvidar, vender em massa — e os preços despencaram. Newton viu sua fortuna evaporar.
Desolado, teria dito: “Consigo calcular o movimento dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens.”
O episódio atravessou os séculos como um lembrete duro: no mercado, nem mesmo o maior intelecto está a salvo da força irracional do comportamento humano.
Para se aprofundas na história: BBC
Agora para as Cotações da Semana!
Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides e downsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem a variação semana.