Flash Financeiro por LMF - n°42
Sejam bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Nesta edição, você confere os destaques do mercado, como as negociações entre EUA e China, os movimentos do Ibovespa e do dólar, além de novidades no setor
Principais notícias da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado - O Matemático que venceu o mercado
Cotações da semana
EUA e China divulgam progresso das negociações nesta segunda-feira (12)
Estados Unidos
Estados Unidos e China indicaram avanços em direção a um entendimento comercial após um fim de semana de reuniões em Genebra, na Suíça. As conversas foram classificadas como “francas e construtivas”, com ambas as partes prometendo divulgar mais detalhes sobre um possível mecanismo formal de negociação econômica nesta segunda-feira (12).
Mercado reage com otimismo
Embora nenhum acordo concreto tenha sido anunciado, o clima de trégua animou os mercados globais. Os futuros do S&P 500 subiram 1,3%, o Dow Jones avançou 1% e o Nasdaq saltou 1,7%, com os investidores apostando no fim da guerra tarifária iniciada pelo governo Trump. Representantes americanos falaram em “progresso substancial” e demonstraram otimismo em resolver o déficit comercial de US$ 1,2 trilhão, classificado como uma “emergência nacional”.
China pede cooperação e estabilidade
Já a delegação chinesa adotou um tom conciliador, propondo que ambas as partes mantenham uma postura pragmática e colaborativa para “ampliar o bolo da cooperação” e trazer mais estabilidade à economia global. O mercado agora aguarda o comunicado oficial — e os desdobramentos que podem reconfigurar o comércio internacional nas próximas semanas.
Confira na Íntegra: CNN Brasil
Ibovespa quebra recordes e mercado projeta voo ainda mais alto
Economia
O que está por trás do rali da Bolsa
O Ibovespa bateu mais uma marca histórica nesta terça-feira (13), fechando com alta de 1,76% aos 138.963 pontos, e alcançando 139.418 pontos na máxima do dia — maior nível de todos os tempos. Só em 2025, o índice já acumula uma valorização de 15,5%.
Analistas atribuem esse movimento a uma conjunção de fatores:
Ambiente doméstico mais favorável: queda das taxas de juros futuras, câmbio estável e fim do ciclo de aperto monetário
Valuation atrativo: ações brasileiras seguem negociadas com desconto em relação à média histórica
Apetite internacional: fluxo estrangeiro crescente e rotação de portfólios em direção a mercados emergentes
Relatórios de casas como XP, Bradesco BBI e Bank of America reforçam o otimismo e apontam que o índice pode ir além — com projeções que variam de 140 mil a 150 mil pontos até o fim de 2025.
Visão de mercado
O mercado parece ter encontrado o "tempo certo" para reconhecer o valor da Bolsa brasileira. Com o ciclo de queda de juros se aproximando e um ambiente macro mais estável, investidores institucionais vêm ampliando suas posições no país. O prêmio de risco ainda é alto, o que dá margem para reprecificação positiva dos ativos.
Apesar de riscos no radar — como fluxo estrangeiro instável ou surpresas fiscais —, a tese de valorização da Bolsa brasileira segue firme. O momento é de virada: o mercado começa a precificar um Brasil menos volátil, mais atrativo e com ativos que podem entregar retornos relevantes no médio prazo.
Confira na Íntegra: InfoMoney
Dólar sobe de novo: se correr o fiscal pega, se ficar o Fed come
Estados Unidos
O que mexeu com o câmbio hoje
O dólar teve sua segunda alta consecutiva, fechando esta quinta-feira (15) em R$ 5,67, com avanço de 0,82%. E o curioso: a moeda subiu mesmo com o dólar enfraquecendo no exterior. O que explica esse contrassenso? O bom e velho ruído fiscal doméstico.
Entre os fatores que influenciaram a cotação:
Boatos de aumento de gastos públicos para impulsionar a popularidade do governo
Dados de varejo abaixo do esperado, apesar do recorde de volume
Brent em queda, com possível acordo nuclear entre EUA e Irã
Nos EUA, o PPI mais fraco e declarações cautelosas de Jerome Powell reforçaram a percepção de que a inflação está cedendo — o que normalmente enfraqueceria o dólar globalmente, mas aqui o impacto foi limitado.
Visão de mercado
A percepção de risco fiscal voltou com força. Rumores sobre um novo pacote de gastos — incluindo Vale Gás, SUS em hospitais privados e reajuste do Bolsa Família — geraram preocupação, mesmo com o ministro Fernando Haddad tentando esfriar os ânimos e prometendo medidas “pontuais” para manter a meta fiscal.
Lá fora, o contexto era mais benigno: inflação abaixo do esperado, dólar mais fraco e foco em novas parcerias tecnológicas dos EUA com países árabes.
Enquanto o mundo respira aliviado com sinais de inflação controlada, o Brasil reacende velhos temores fiscais. Se os rumores virarem medidas concretas, o dólar pode continuar pressionado. E mesmo que não virem, o simples ruído já basta para o mercado reagir. Afinal, confiança é como câmbio: quando balança, não tem âncora que segure por muito tempo.
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Uber e iFood se juntam: corrida e comida no mesmo app? Quase isso!
Serviços
Parceria que une mobilidade e delivery
A Uber e o iFood anunciaram uma parceria estratégica inédita no Brasil que vai integrar seus serviços, facilitando a vida dos usuários e ampliando o alcance de ambas as plataformas. Com essa união, pedir uma corrida ou fazer um pedido de comida, mercado ou farmácia ficará ainda mais simples e rápido, tudo pelo mesmo app.
Usuários do iFood poderão pedir corridas da Uber direto no app.
Usuários da Uber terão acesso a entregas do iFood (comida, mercado, farmácia) na plataforma.
A integração começa no segundo semestre em cidades selecionadas.
Uma jogada estratégica para dominar o mercado brasileiro
A união de dois gigantes do mercado brasileiro visa ampliar a base de clientes e melhorar a experiência do usuário, num setor de entregas cada vez mais competitivo. Enquanto o iFood domina pedidos com sua vasta rede, a Uber fortalece sua estratégia focada em mobilidade e serviços complementares. O movimento também ocorre em meio à chegada da gigante chinesa Meituan, que prepara um investimento bilionário para entrar no Brasil. Para as empresas, é uma jogada inteligente para ampliar presença e segurar a competição que esquenta no mercado nacional.
Confira na Íntegra: InfoMoney
Momento Suno!

No Momento Suno da semana, o destaque vai para a B3 (B3SA3), dona da Bolsa de Valores brasileira, que começou o ano com o pé direito. A companhia mostrou resiliência ao entregar um trimestre forte, mesmo em meio a juros altos e baixa atividade no mercado. O crescimento foi puxado pela diversificação de produtos e pela capacidade de adaptação ao cenário — com destaque para o avanço da nova linha de Futuro do Bitcoin, que já gera R$ 47 milhões em receita. No consolidado, a empresa registrou R$ 2,7 bilhões em receita líquida, R$ 1,7 bilhão em EBITDA e R$ 1,1 bilhão em lucro, com este último crescendo 16,5% frente ao ano anterior. E o número que mais chamou atenção: o lucro por ação cresceu 24,5%, beneficiado pelas recompras.
Além disso, a B3 não parou de inovar. Está lançando opções semanais do Ibovespa, ampliando o acesso para novos investidores com valores mínimos menores, e aprimorando a negociação de índices. Também chama atenção o crescimento do segmento de tecnologia e dados, que faturou R$ 459 milhões e já representa uma parte relevante da operação. Esses movimentos mostram uma B3 atenta ao futuro e empenhada em aumentar a liquidez e eficiência do mercado financeiro brasileiro.
Mesmo com desafios no radar — como o surgimento de uma nova bolsa concorrente e riscos regulatórios —, a companhia segue bem posicionada. Com boa geração de caixa, baixa necessidade de reinvestimento e foco em retorno ao acionista, a B3 continua sendo uma peça-chave do mercado. E, para quem acompanha de perto, o cenário sugere que ela pode ainda surpreender mais adiante.
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Caso de Mercado
O Gênio que Usou Matemática para Vencer o Mercado e Faturar Bilhões
Ele nunca foi de Wall Street — mas com fórmulas e códigos, Jim Simons venceu o mercado por 30 anos e lucrou bilhões com um fundo fechado ao público.

Jim Simons não era banqueiro, nem economista. Era matemático. Decifrava códigos para o governo dos EUA durante a Guerra Fria e ajudou a desenvolver teorias geométricas avançadas. Mas foi ao olhar para a Bolsa com os olhos da ciência que ele fez história.
Nos anos 80, fundou a Renaissance Technologies — uma gestora secreta que evitava os veteranos de Wall Street e contratava físicos, estatísticos e programadores. Juntos, eles criaram modelos matemáticos que previam padrões invisíveis ao olho humano. E funcionou. O fundo Medallion, criado por Simons, teve um retorno médio de quase 40% ao ano por mais de três décadas — mesmo após taxas altíssimas.
O sucesso foi tanto que ele fechou o fundo para o público com medo de que o crescimento excessivo prejudicasse os algoritmos. Em 2020, enquanto o mundo lidava com incertezas, o Medallion rendeu 76%. Jim Simons virou bilionário, acumulando uma fortuna de mais de US$ 30 bilhões.
Mesmo com os holofotes, nunca revelou seus algoritmos. Simons sabia que no mercado, a verdadeira habilidade não era prever o futuro, mas identificar os padrões e agir antes que os outros o fizessem
Para se aprofundas na história: Infomoney
Cotações da Semana!
Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem a variação semana.