Flash Financeiro por LMF - n°44
Sejam bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Mercados em transformação: desafios fiscais, disputas globais e novas forças emergem no horizonte financeiro. É hora de entender o que está acontecendo!
Principais notícias da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado
Cotações da semana
Haddad diz que não há alternativa para mudanças no IOF
Brasil
O Ministério da Fazenda anunciou um aumento do IOF, com 3,5% para remessas e compras internacionais. O frete internacional também passou a ser taxado em 3,5%, e a alíquota de empréstimos subiu para 3,95% ao ano. Essas mudanças têm o objetivo de aumentar a arrecadação, com uma previsão de R$ 61 bilhões até 2026, e incluem um congelamento de R$ 31,3 bilhões nas contas públicas.
Impactos diretos para os brasileiros:
Remessas e pagamentos internacionais: Alíquota de 3,5% sobre transferências para o exterior, como compras e saques internacionais.
Empresas: Frete internacional e serviços do exterior (como Google Drive) terão IOF de 3,5%.
Empréstimos: A alíquota sobre crédito subiu para 3,95% ao ano.
Investimentos pessoais: Aportes acima de R$ 50 mil em planos como VGBL agora pagam 5% de IOF sobre o total investido no mês.
Negociações com o Congresso
Após críticas no Congresso, o ministro Fernando Haddad explicou, em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, que não discutiu a revogação do decreto, mas detalhou as consequências fiscais de uma possível revogação, como um contingenciamento adicional. Centrão e a oposição seguem pressionando pela revogação total da medida, e as discussões sobre o futuro do decreto continuam.
Confira na Íntegra: CNN Brasil
IPCA fora da meta em 2025: hora de reforçar a carteira de proteção?
Economia
Depois de seis semanas de queda, as projeções para a inflação voltaram a subir. O IPCA esperado para o fim de 2025 foi ajustado de 4,55% para 4,57% — acima do teto da meta oficial, que é de 4,5%.
Com isso, o mercado reprecifica expectativas, o Banco Central tende a manter a Selic alta, e os ativos indexados ao IPCA voltam aos holofotes.Principais pontos
Projeção do IPCA sobe para 4,57% em 2025, segundo Focus
IPCA-15 de maio veio em +0,36%, mostrando pressão contínua nos preços
Selic está em 14,75% ao ano para tentar conter o avanço da inflação
Analistas identificam oportunidades de retorno real isento de IR de até 8,36%
Visão do mercado
A alta da inflação projetada reacende o alerta: a desinflação prometida ainda não chegou. Para o investidor, isso abre espaço para títulos indexados à inflação com retornos reais atrativos, principalmente os isentos de imposto de renda.
Com a Selic elevada e a expectativa de que os juros continuem altos por mais tempo, esses papéis ganham força na carteira de quem busca proteção e rentabilidade acima da média.A tese é simples: enquanto houver incerteza fiscal e inflação persistente, o mercado exigirá prêmios mais gordos, e quem souber onde procurar, sai na frente.
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Azul entra em turbulência: pedido de recuperação judicial nos EUA choca o mercado
Linhas Aéreas
A companhia aérea Azul (AZUL4) surpreendeu o mercado ao protocolar, nesta quarta-feira (28), um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, via Chapter 11. A medida vem após a empresa acumular uma dívida de R$ 31,35 bilhões, alta de mais de 50% em um ano.
O movimento marca uma virada na estratégia da companhia, que até pouco tempo negava qualquer intenção de recorrer à Corte americana.Principais pontos
Dívida da Azul cresceu 50% em 12 meses, chegando a R$ 31,35 bi
Pedido de Chapter 11 visa reestruturar o passivo e reforçar a liquidez
Azul captou US$ 1,6 bi com investidores, incluindo US$ 300 milhões da United e American Airlines
ADRs da Azul desabaram até 40% no pré-mercado após o anúncio
Operações seguem normais, segundo a empresa
Entenda a crise na Azul
A empresa sofre desde 2020 com os efeitos da Covid-19, câmbio volátil e alta de juros
Em Q1 2025, terminou com apenas R$ 655 mi em caixa, uma queda de 51% em relação a 2024
Queima de caixa no trimestre foi de R$ 313 milhões, segundo o Bradesco BBI
Azul depende de até R$ 2 bilhões em garantias governamentais, ainda não liberadas
Enfrenta escassez de aviões e motores — e tem recorrido a modelos de leasing com tripulação estrangeira
A operação com empresas como EuroAtlantic e Hi Fly gerou inclusive disputas com sindicatos
O pedido de recuperação judicial da Azul nos EUA é um movimento estratégico e arriscado. Embora sinalize uma tentativa clara de reestruturar as finanças e manter as operações vivas, o cenário ainda é turbulento.
O sucesso dessa reviravolta dependerá do apoio dos credores, da disciplina de execução e da recuperação da confiança do mercado.Enquanto isso, o investidor precisa acompanhar de perto: a Azul pode decolar novamente — ou seguir em zona de turbulência.
Confira na Íntegra: InfoMoney
Bilionária antes dos 30: Hailey Bieber vende sua marca Rhode por US$ 1 bilhão
Empreendedorismo

A modelo e empresária Hailey Bieber vendeu sua marca de beleza, Rhode, para a Elf Beauty por impressionantes US$ 1 bilhão. O acordo inclui US$ 800 milhões em dinheiro e ações, mais um adicional de US$ 200 milhões atrelado ao desempenho nos próximos três anos.
Crescimento meteórico
Fundada em 2022, a Rhode rapidamente se tornou um fenômeno no mercado, faturando US$ 212 milhões no último ano com produtos como bálsamos, blushes e tratamentos para a pele. Hailey continuará à frente como diretora de criação e consultora estratégica, mostrando que não apenas criou uma marca forte, mas também construiu valor estratégico para gigantes do setor.
Lição de negócios
Hailey Bieber mostra como transformar influência em valor real: ao vender no auge, ela soube monetizar o crescimento da Rhode no momento certo — uma jogada precisa que reforça seu papel como empresária, não apenas como celebridade.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
Momento Suno!

No Momento Suno da semana, o destaque vai para um dos principais ETFs internacionais de renda fixa, gerido pela BlackRock: o iShares iBoxx $ High Yield Corporate Bond ETF (HYG). Esse fundo reúne mais de 1,2 mil títulos corporativos de alto rendimento nos Estados Unidos, entregando um yield anualizado de 7,1% — cerca de 2,8 pontos acima da taxa básica americana (Fed Funds Rate) — e pagando juros mensalmente, sendo uma alternativa atraente para quem busca exposição à renda fixa dolarizada.
Mas afinal, o que é um ETF? ETF significa Exchange Traded Fund, ou fundo de índice. Ele funciona como um fundo de investimento negociado em bolsa, permitindo que o investidor compre uma única cota e, com isso, tenha acesso a dezenas ou centenas de ativos ao mesmo tempo. A grande vantagem está na diversificação automática e no custo mais baixo, sem a necessidade de montar uma carteira própria complexa — além de oferecer liquidez para compra e venda no mercado secundário.
Desde 2007, o HYG acumula retorno bruto de 137% em dólares, mesmo passando por desafios como a crise do subprime e a pandemia de Covid-19. Naturalmente, ele carrega riscos, já que investe majoritariamente em títulos com classificação especulativa (BB, B e CCC). Ainda assim, para investidores dispostos a tolerar alguma volatilidade em troca de retornos superiores ao da renda fixa tradicional, ele segue como uma alternativa relevante — especialmente em tempos de maior atenção global sobre a saúde fiscal dos Estados Unidos.
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Caso de Mercado
A Revolta do Reddit e o Caso GameStop
Como pequenos investidores desafiaram Wall Street e fizeram as ações da GameStop dispararem.

Em janeiro de 2021, um grupo de investidores do Reddit, no fórum WallStreetBets, iniciou uma batalha contra grandes fundos de hedge, fazendo as ações da GameStop subirem de menos de US$ 20 para mais de US$ 480 em poucas semanas. A origem do conflito foi a aposta contra as ações da GameStop feita pelos fundos de hedge, que apostavam que a empresa faliria. Eles usaram uma estratégia chamada venda a descoberto, onde pegam ações emprestadas e as vendem esperando comprá-las de volta mais baratas.
No entanto, os investidores do Reddit, muitos com um vínculo emocional com a GameStop, começaram a comprar as ações em massa, forçando os fundos a cobrir suas apostas e fazendo os preços subirem. Para eles, a luta não era apenas financeira, mas também uma forma de desafiar Wall Street e mostrar o poder dos investidores pequenos.
O fenômeno gerou bilhões de dólares em perdas para os fundos e colocou em debate a regulação do mercado financeiro e o papel das plataformas de investimento. O caso GameStop mostrou que, em um mercado cada vez mais digital, a força coletiva de pequenos investidores pode desafiar até os maiores gigantes financeiros.
Para se aprofundar na história: G1
Agora para as Cotações da Semana!
Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides e downsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem à variação da semana.