Flash Financeiro por LMF - n°46
Sejam bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Mudanças fiscais, reestruturações radicais e disputas bilionárias marcaram a semana nos mercados. Vamos lá entender o que está acontecendo!
Índice
Principais notícias da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado
Cotações da semana
ChatGPT pode gerar US$ 100 bi em publicidade e desafiar Google, diz Wells Fargo
Tecnologia
Um novo relatório do banco Wells Fargo aponta que o ChatGPT pode gerar até US$ 100 bilhões em receita com publicidade até 2030. Isso colocaria a ferramenta da OpenAI como uma das maiores concorrentes do Google no setor de buscas online. Hoje, o Google domina esse mercado com mais de 90% de participação, mas o ChatGPT já aparece em 8% das buscas feitas na internet — e ainda nem começou a exibir anúncios.
Muita gente usa, poucos pagam: aí entra a publicidade
O ChatGPT já tem uma base enorme: 500 milhões de usuários ativos por semana, mas apenas 5% pagam pelo plano Plus. Isso abre espaço para a OpenAI lucrar com anúncios patrocinados, como já acontece em outras plataformas. O relatório também destacou a contratação de Fidji Simo, ex-executiva da Meta, como um sinal claro de que a empresa está de olho nesse mercado.
Google pode perder espaço e dinheiro
Se essa previsão se confirmar, o Google pode ter problemas. Segundo os analistas, cada queda de 1% no preço dos anúncios pode reduzir em 1% o lucro por ação da empresa. Além disso, o ChatGPT pode ganhar ainda mais força se for escolhido como buscador padrão em celulares e com o julgamento antitruste que o Google enfrenta nos EUA, previsto para agosto.
O recado do mercado é claro: a briga por atenção nas buscas está só começando.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
Petrobras sobe com promessa de dividendos — e Haddad vira o novo 'trigger' do mercado
Economia
Petrobras reage a sinalização fiscal do governo
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) subiram mais de 2% nesta quinta-feira (12), com destaque para o papel ordinário, que fechou em R$ 34,25. Foi o terceiro pregão seguido de alta, puxado por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que indicou que o governo deve recorrer aos dividendos extraordinários das estatais para cumprir a meta fiscal de 2025.
Sinal fiscal anima, mas levanta dúvidas
A declaração de Haddad foi interpretada como um sinal claro de interferência positiva de curto prazo nas estatais, principalmente na Petrobras, para compor as contas públicas.
Para analistas, o movimento reforça a visão de que o governo usará as empresas controladas como instrumento fiscal, mesmo que isso não seja sustentável no longo prazo.Matheus Spiess, da Empiricus, lembra que essa estratégia pode ser apenas “um aperitivo” do que o mercado verá mais à frente, especialmente em 2027, se a estrutura fiscal não for redesenhada.
Entenda o impacto nos players do setor
Petrobras (PETR3; PETR4) sobe com expectativa de dividendos extraordinários
Prio (PRIO3) recua 0,21%, mesmo com petróleo ainda volátil
PetroReconcavo (RECV3) cai 0,53%, após interdição de instalações pela ANP
Brent e WTI em queda leve no dia, apesar de conflito no Oriente Médio pressionar preços
Campo Cassarongongo (BA) suspenso por problemas de segurança operacional
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Gol voa 406% com novo ticker — mas nem tudo é lucro nessa decolagem
Aviação
O que aconteceu com as ações da Gol?
Nesta quinta-feira (12), a Gol Linhas Aéreas deu início a uma nova fase no mercado, com a estreia dos tickers GOLL53 (ordinárias) e GOLL54 (preferenciais), parte do processo de aumento de capital de R$ 12 bilhões e saída do Chapter 11.
Logo na estreia, o papel preferencial GOLL54 disparou 406,43%, encerrando o dia em R$ 52,01. A alta impressionante, porém, está diretamente ligada à mudança no fator de cotação (agora R$ por 1.000 ações) e à forte diluição acionária provocada pela reestruturação.Entenda a nova fase da Gol
Novo ticker: GOLL53 (ON) e GOLL54 (PN)
Ações passam a ser negociadas com fator de 1.000 ações por unidade de cotação
Aumento de capital massivo visa reforçar liquidez após o Chapter 11
Abra Group assume controle com cerca de 80% das ações
Mercado fracionário segue disponível, segundo a B3
Disparada de 406% causou suspensão do papel no leilão de estreia
Apesar do salto aparente, a movimentação reflete reprecificação técnica e não uma valorização real do papel. A forte diluição — combinada ao lote de negociação de mil ações — cria distorções que exigem cautela do investidor.
Segundo o BTG, a capitalização é necessária para garantir a continuidade operacional da empresa, mas o processo afeta fortemente os antigos acionistas. Para o mercado, a reestruturação foi um passo necessário, mas o desafio agora será reconstruir valor e confiança.
Agora, a companhia precisa mostrar que a nova estrutura societária e financeira será suficiente para sustentar o crescimento sem turbulências. Para o investidor, é hora de analisar além do ticker e olhar a cabine de comando.
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Mudanças no IR: fim da isenção sacode a renda fixa — ações ganham terreno?
Impostos
Mudanças fiscais em destaque: renda fixa, ações e o investidor no meio!
Na noite de quarta-feira (11), o governo publicou uma Medida Provisória que altera a tributação sobre investimentos. A principal mudança: títulos incentivados de renda fixa, antes isentos, passam a ser taxados em 5% sobre os rendimentos. Ao mesmo tempo, o IR sobre Juros Sobre Capital Próprio (JCP) nas ações sobe de 15% para 20%.
A nova regra busca compensar a redução no aumento do IOF, mas levanta dúvidas sobre os impactos no comportamento dos investidores — especialmente os mais conservadores.
O que os analistas dizem?
A mudança na renda fixa não elimina a atratividade dos títulos incentivados, mas reduz sua vantagem competitiva. Segundo a Suno Research, o impacto inicial será negativo, com queda nas emissões e menor diversidade de emissores, o que pode reduzir as taxas oferecidas ao investidor.
Já no mercado acionário, especialistas veem um efeito indireto positivo para as ações. Sem a vantagem fiscal da renda fixa, a Bolsa se torna mais competitiva, especialmente para quem busca retorno de longo prazo e pode aceitar mais risco.
No entanto, a recomendação geral é de cautela:
"Não é porque houve tributação na renda fixa que o investidor deve migrar para ações automaticamente", alerta Eduardo Gribler, da AMW.
Concluindo
A nova MP marca o fim de uma era para a renda fixa isenta — e o início de uma nova dinâmica entre rendimento, tributação e alocação estratégica.
Enquanto os ativos de risco ganham espaço relativo, os títulos incentivados ainda têm lugar nas carteiras — mas será preciso avaliar emissor por emissor e comparar liquidez e taxa real com mais critério.Para o investidor, o momento pede mais do que impulso: exige análise, diversificação e estratégia.
Confira na Íntegra: InfoMoney
Momento Suno!
Wiz é uma holding especializada em corretagem de seguros, responsável por cerca de 84 % do seu lucro, além de atuar em originação de crédito, venda de consórcios e serviços. Com longa experiência no balcão da Caixa, a companhia acumulou know-how raro no mercado e hoje usa essa expertise para operar em novas frentes sem depender de um único parceiro.
A virada de chave veio com acordos comerciais firmados com Banco Inter, BRB, BMG e outras instituições de rápido crescimento. Esses balcões oferecem capilaridade nacional e mantêm a Wiz exposta a prêmios de seguros em expansão, abrindo espaço para escala e diluição de custos. Ao mesmo tempo, o valor de mercado da empresa ainda reflete um cenário de baixo crescimento, sugerindo assimetria positiva se a estratégia de diversificação continuar funcionando.
No 1T25, a Wiz apresentou bons resultados, impulsionados pelo desempenho de suas subsidiárias e pela melhora da estrutura de capital. O volume de prêmios emitidos, a originação de crédito e as vendas de consórcios mostraram avanço consistente, reforçando a tese de crescimento. Consideramos o case mais arrojado que a média da carteira, mas, para o investidor que busca retorno potencial elevado e está disposto a tolerar maior volatilidade, a Wiz segue como aposta atraente.
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Caso de Mercado
O Esquema Ponzi de Madoff: A Maior Fraude Financeira da História
Como um nome respeitado de Wall Street enganou o mundo por décadas com promessas de retornos perfeitos.
Em 2008, o mundo financeiro foi abalado por uma das maiores fraudes da história: o esquema Ponzi de Bernie Madoff, um respeitado investidor que enganou milhares de pessoas por décadas. Madoff, fundador de uma das maiores corretoras de Wall Street, atraía investidores com promessas de retornos consistentes e altos, que pareciam bons demais para ser verdade — e, de fato, eram.
O que muitos não sabiam é que Madoff não estava investindo o dinheiro dos clientes como alegava. Em vez disso, ele usava os fundos de novos investidores para pagar os retornos prometidos aos antigos, criando uma fachada de lucros constantes. A fraude continuou por mais de 20 anos, até que a crise de 2008 revelou a verdade por trás da cortina. Quando Madoff foi preso, descobriu-se que ele havia lesado investidores em aproximadamente US$ 65 bilhões.
O caso Madoff é um exemplo clássico de como a ganância e a confiança no sistema financeiro podem ser exploradas por aqueles que sabem como manipular as regras. Mas, além da magnitude da fraude, o caso revelou falhas sérias nas normas de regulação e nos mecanismos de fiscalização, que permitiram que o esquema prosperasse por tanto tempo.
Madoff foi condenado a 150 anos de prisão, e seu nome se tornou sinônimo de fraude e traição no mercado financeiro. O caso serve como um lembrete de que, no mundo dos investimentos, a vigilância, a transparência e a verificação cuidadosa são essenciais para proteger os investidores de golpes e esquemas fraudulentos.
Para se aprofundar na história: Bernie Madoff: O Golpista de Wall Street (Documentário na Netflix)
Agora para as nossas Cotações da Semana!
Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides e downsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem à variação da semana.