Flash Financeiro por LMF - n°50
Bem-vindos a mais um Flash Financeiro! Trump taxa, agro sente, Embraer voa baixo — mas o Bitcoin decola. Vamos entender o que está acontecendo!
Índice
Principais notícias da semana
Cotações da semana
Momento Suno!
Caso de Mercado
Tarifaço com tempero político: Trump ataca, Brasil reage
Economia
Ibovespa recua com tarifas dos EUA, mas Vale salva o dia
O Ibovespa caiu 0,54%, aos 136.743 pontos, puxado pelo “tarifaço” de Trump contra o Brasil. O presidente americano anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a mais alta entre os 22 países afetados. A medida foi associada, por Trump, ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro pela Justiça brasileira. O dólar disparou 0,78%, a R$ 5,5452.
Apesar do susto, ações da Vale (VALE3) subiram mais de 2%, impulsionadas pela valorização do minério na China, e ajudaram a conter as perdas do índice. Marfrig (MRFG3) liderou os ganhos com expectativa de fusão com a BRF. Já Embraer (EMBR3) foi destaque negativo, dada sua exposição ao mercado americano.
Visão de Mercado
Para analistas, o movimento de Trump tem forte componente eleitoral e simbólico, mirando a base política e o cenário internacional. A retaliação brasileira deve vir, mas com cautela. Exportadoras como Vale e siderúrgicas tendem a sofrer pouco, já que o setor já convive com tarifas altas nos EUA.
O mercado espera volatilidade de curto prazo, mas vê pouco impacto estrutural na balança comercial. O receio maior está em escalar o conflito e atrapalhar acordos comerciais mais amplos.
Pontos Importantes
🇺🇸 Trump impõe tarifa de 50% sobre produtos brasileiros; Brasil lidera lista dos afetados
💬 Lula responde: “Não aceitaremos ser tutelados”; promete reciprocidade
📉 Ibovespa cai 0,54%; dólar avança a R$ 5,54
🟢 Vale (VALE3) e minério em alta aliviam perdas
🔴 Embraer (EMBR3) é a mais afetada, segundo estimativas do UBS BB
📈 S&P 500 e Nasdaq batem recordes, com destaque para Nvidia
Confira na Íntegra: MoneyTimes
Trump mira o céu: jato brasileiro vira alvo preferencial das tarifas
Tarifas
Embraer pode ser a maior prejudicada do tarifaço
O jato E175-E1, da Embraer, avaliado em US$ 60 milhões, está no centro das preocupações após o anúncio de uma tarifa de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros. O modelo é o mais vendido pela companhia aos norte-americanos e responde por 97% dos pedidos firmes da empresa para os EUA, segundo o Citi. A Embraer é apontada como a empresa brasileira mais exposta diretamente à medida.
Visão de Mercado
O impacto das tarifas sobre a Embraer pode ser significativo, especialmente porque 55% da sua carteira de pedidos comerciais está concentrada em companhias aéreas dos EUA. A queda de 3,70% nas ações da empresa reflete o receio de investidores com eventuais cancelamentos ou renegociações de contratos. Ainda assim, o mercado aguarda movimentos diplomáticos que possam amenizar os efeitos antes da entrada em vigor das tarifas em agosto.
O tarifaço de Trump representa um duro golpe à Embraer justamente no momento em que ela se consolidava como fornecedora estratégica para a aviação regional dos EUA. A reação dos mercados mostra que o risco não é apenas teórico: a cadeia de exportações de alta tecnologia do Brasil pode sofrer danos reais. Agora, resta acompanhar se a diplomacia brasileira conseguirá reverter — ou ao menos suavizar — a decisão antes que os prejuízos decolem.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
Trump também aperta o agro: exportações brasileiras sob ataque tarifário
Tarifas
Café, carne e laranja na berlinda do tarifaço
Com a nova tarifa imposta pelos EUA ao Brasil, o agronegócio virou um dos setores mais ameaçados. Produtos como carne bovina, suco de laranja, café, etanol e ovos estão entre os mais expostos, segundo analistas. A medida afeta não só as exportações como também os custos internos, ao pressionar o preço de insumos dolarizados. O café, por exemplo, já subiu 3% em Nova York, enquanto o suco de laranja avançou 6% nos contratos futuros.
Pontos Importantes
As exportações agro para os EUA somam bilhões e são o segundo principal destino dos produtos brasileiros, atrás apenas da China.
O café brasileiro responde por 1/3 das importações dos EUA — volume difícil de substituir.
A carne bovina pode sofrer sobretaxa de até US$ 2.866 por tonelada, afetando margens.
O suco de laranja pode gerar prejuízo anual de até R$ 1,1 bilhão, segundo a consultoria Cogo.
Parte dos produtos deve ser redirecionada ao mercado interno, pressionando os preços locais.
A medida impacta os custos de produção agrícola, já que muitos insumos são dolarizados.
Analistas apontam que os EUA têm mais opções de substituição do que o Brasil de redirecionamento.
Confira na Íntegra: Bloomberg Línea
Ouro digital? Bitcoin se destaca em meio ao caos global
Criptomoedas
Resumo do Rally: Bitcoin ignora barreiras e mira o topo
Bitcoin ultrapassa os US$ 116 mil e traders já apostam em cotações de até US$ 150 mil nos próximos meses. O movimento é impulsionado por liquidações de posições vendidas, otimismo regulatório com o possível segundo mandato de Trump e nova demanda institucional. Mesmo com ventos macroeconômicos contrários, a criptomoeda demonstra força e consolida sua posição como ativo de proteção e crescimento.
Pontos-Chave
Bitcoin ultrapassa US$ 116 mil pela primeira vez
Traders focam opções de compra com alvos entre US$ 120 mil e US$ 150 mil
Liquidação de posições vendidas soma mais de US$ 760 milhões em 12 horas
Alta é atribuída a otimismo com novo mandato de Trump e apoio regulatório
BTC é visto como hedge macro diante das tensões tarifárias com o Brasil
Taxa de financiamento permanece positiva, sugerindo forte demanda compradora
A narrativa do Bitcoin como reserva de valor digital e proteção contra incertezas ganha força em meio à alta histórica. A movimentação dos derivativos, a entrada de investidores institucionais e o clima pró-cripto nos EUA podem levar o ativo a patamares ainda mais altos — consolidando julho como um mês-chave para o futuro do BTC.
Confira na Íntegra: Info Money
Momento Suno!
Investir no S&P 500 com Menos Imposto: Conheça o GPUS11
O GPUS11 é um ETF brasileiro que replica o desempenho do S&P 500, principal índice da bolsa americana. Criado pela Investo, ele se destaca por sua eficiência tributária, graças à sua estrutura sediada na Irlanda.
Essa escolha reduz o imposto sobre dividendos pagos por empresas americanas de 30% para 15%, uma vantagem frente a ETFs como o IVVB11. Além disso, os dividendos são automaticamente reinvestidos, potencializando o efeito dos juros compostos no longo prazo.
Mesmo com taxa de administração de 0,25% ao ano, o GPUS11 apresentou retorno ligeiramente superior em simulações de 20 anos: 7,4% ao ano, contra 7,3% do IVVB11. A liquidez ainda é baixa, mas tende a crescer com a divulgação dessas vantagens.
Para quem busca exposição ao mercado americano direto pela B3, o GPUS11 é uma opção que combina simplicidade, eficiência e economia de imposto.
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Caso de Mercado
BlackBerry: a lição da liderança que virou cegueira
Quando o iPhone chegou em 2007 com tela multitoque e loja de aplicativos, a BlackBerry ainda reinava no mundo corporativo. Seus executivos, confiantes nas pesquisas internas, concluíram que “profissionais sempre preferirão o teclado físico” e usaram esse viés de confirmação para descartar sinais de mudança no comportamento dos usuários.
Com medo de canibalizar seu carro-chefe — os modelos com teclado que sustentavam vendas e margens —, a diretoria engavetou protótipos 100 % touch e manteve ciclos de produto lentos. Sem apps atrativos, o BlackBerry World entrou em espiral: poucos aplicativos afastavam usuários, a fuga de usuários afastava desenvolvedores, enquanto iOS e Android explodiam em novidades.
A BlackBerry não perdeu por falta de tecnologia, mas por rigidez mental. Proteger o sucesso de hoje às custas do de amanhã é caminho certo para a obsolescência. Adaptar-se exige coragem de desafiar o próprio produto antes que o mercado o faça.
Para se aprofundar na história: Investopedia
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Confira as variações das principais moedas em relação ao real, além dos maiores upsides e downsides da bolsa, importante mencionar que os valores se referem à variação da semana.